• Carência de opções impulsiona a demanda. Segundo o Datafolha, “85% concordam que o serviço de moto por aplicativo é uma boa alternativa para falta de opção de transporte público”
  • Empresa também lança ferramenta de selfie que verifica se o capacete está sendo usado pelo motociclista

 

A Uber retoma a partir de hoje (quarta, 22) a operação de Uber Moto na cidade de São Paulo. Inicialmente, o produto estará presente apenas fora do centro expandido, o que permitirá uma análise cuidadosa da sua demanda e utilização, ao passo que atende também quem mais precisa de alternativas acessíveis de mobilidade na capital. 

“O Uber Moto é uma alternativa de mobilidade que está presente de Norte a Sul do Brasil e tem se estabelecido como alternativa em especial onde o transporte público é menos presente, principalmente nas regiões periféricas das cidades, com os preços em média 40% mais baixos do que o UberX”, afirma Laura Lequain, head de Uber Moto no Brasil. “Um dos seus principais usos é justamente no papel complementar ao serviço público: muitas viagens são a chamada última milha, do ponto de ônibus ou estação de metrô até a casa ou vice-versa.”

O lançamento ocorre em um contexto em que o serviço de aplicativos por moto já opera na cidade há uma semana e depois de uma decisão da Justiça na tarde de ontem (terça, 21) que negou liminar do município solicitando a suspensão desse serviço. Na decisão, o juiz lembrou que a modalidade já está presente em diversas capitais do país, argumentou que está “pacificado pelo julgamento do Tema 967 do STF que é inconstitucional a proibição ou restrição de transporte privado individual por motorista cadastrado em aplicativo, por constituir violação aos princípios da livre iniciativa e da livre concorrência” e apontou para julgamentos anteriores de outros municípios e estados que consideraram inconstitucionais leis que tentaram proibir o serviço. “O fato é que a cidade está mostrando apetite para o modal tanto do ponto de vista da demanda da população quanto de oportunidade de geração de renda, algo que as pesquisas já indicavam”, explica Laura.

 

Datafolha 

A demanda pelo serviço na capital paulista encontra respaldo nos números de uma pesquisa inédita contratada pela Uber junto ao Datafolha* . O estudo apontou que 85% dos paulistanos concordam que o serviço de moto por aplicativo é uma boa alternativa para a falta de opção de transporte público e que 84% dos entrevistados são a favor da regulamentação do serviço de transporte de pessoas, com a criação de regras por parte de órgãos governamentais.

Além disso, a pesquisa também constatou que 94% das pessoas concordam que moto por app tem menor tempo de deslocamento e 88% entendem que o serviço é ideal para percursos curtos.

 

Como Uber Moto vai operar em São Paulo

A partir de hoje, usuários da Uber em São Paulo verão a modalidade de viagens de moto como mais uma das opções disponíveis. Neste início, o Uber Moto estará disponível apenas fora do centro expandido da capital.

Em todas as viagens de Uber Moto, o uso de capacete é obrigatório.

Para se cadastrar no aplicativo da Uber e dirigir na nova modalidade, o motociclista parceiro precisa ter CNH definitiva nas categorias A ou AB e se enquadrar nos requisitos da legislação federal em vigor.

A modalidade de motos pela Uber foi lançada no Brasil de forma pioneira em 2020 e, desde então, tem levado aos usuários das cidades brasileiras a mesma confiança já proporcionada pela plataforma da Uber. Ao solicitar uma viagem de Uber Moto, tanto o usuário como o motociclista parceiro, têm acesso a uma série de recursos de segurança à disposição, trazendo mais tranquilidade na hora de escolher viajar conosco.

 

Segurança é prioridade

Na chegada a São Paulo, a Uber lança também uma nova funcionalidade para parceiros da plataforma: a selfie de capacete, recurso que verifica se o motociclista está utilizando o equipamento obrigatório antes de começar a fazer viagens. A ferramenta vinha sendo testada ao longo dos últimos meses e agora passa a fazer parte do grupo de recursos de segurança viária que inclui diversas outras funcionalidades como o alerta de velocidade, que exibe o limite de velocidade, em tempo real, e alerta se os parceiros ultrapassarem o limite indicado, assim como o checklist de segurança antes de começar o trajeto, além do seguro para acidentes pessoais em todas as viagens.

A empresa também acredita que por meio da tecnologia e educação pode contribuir para redução da sinistralidade, não só durante o uso do aplicativo mas também para todo ecossistema de trânsito. São diversos materiais educativos (incluindo conteúdo em vídeo), produzidos em parceria com especialistas em segurança viária, apresentando dicas e orientações de como reduzir riscos na hora de utilizar um veículo, seja dirigindo ou como usuário.

Outro importante pilar de segurança é a análise de dados de segurança viária para que sejam tomadas ações de forma direta na redução de incidentes. Com isso, a Uber apoiou, em parceria com o Instituto Cordial, uma pesquisa sobre fatores de risco para incidentes envolvendo moto com passageiros em quatro capitais, incluindo São Paulo.

A Uber está sempre disposta a apoiar iniciativas locais que beneficiem e desenvolvam a cidade e tem mantido contato e permanecido à disposição do município de São Paulo para colaborar com o desenvolvimento de uma regulamentação moderna e ideal para o transporte privado de passageiros em motocicletas.

 

Base legal

O Uber Moto é um serviço privado, ou seja, não se confunde com o mototáxi, que é um serviço público. A atividade está regulamentada pela Lei Federal 13.640/2018 e é prevista na Política Nacional de Mobilidade Urbana (Lei Federal 12.587/2012), entendimento que já foi reiterado em mais de 20 decisões judiciais relacionadas ao modal pelo Brasil.  Decisões recentes do Tribunal de Justiça de São Paulo também confirmam o entendimento de  que os municípios podem regular, mas não impedir a utilização de motocicletas para o transporte de passageiros.

 

*Sobre a pesquisa Datafolha
O Datafolha entrevistou 1.807 pessoas de 16 anos ou mais de todas as classes econômicas na Capital e cidades da Região metropolitana de São Paulo. As entrevistas aconteceram entre 16 e 23 de dezembro de 2024, com abordagem pessoal e aplicação de questionário estruturado em tablet com 13 minutos de duração média. A margem de erro máxima da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%.